O veganismo é radical

Usar os animais como alimento está tão profundamente enraizado em nossas normas culturais que parece radical até questioná-lo. Mas nós acreditamos que radical mesmo é explorar e comer animais. A seguir, explicamos por que pensamos assim.

Segundo a Organização das Nações Unidas, a pecuária contribui mais para as mudanças climáticas do que as emissões de gases de efeito estufa de todos os carros, aviões, navios e trens do planeta. É também um fator-chave do desmatamento e da extinção de espécies; desperdiça terra e água; bem como polui o ar, as vias navegáveis ​​e a terra. No Brasil, é também a principal causa de desmatamento no país.

Além disso, a criação intensiva causa um sofrimento terrível e desnecessário a bilhões de animais cujas vidas são tudo menos naturais. Inseminação artificial, pastagem em terras desmatadas, mutilações, como corte do rabo, dentes e chifres, são legais e comuns na indústria. E, embora nos preocupemos profundamente com os animais que conhecemos, evitamos ver o sofrimento dos animais criados pela pecuária industrial, geralmente porque não podemos suportar testemunhá-lo. Isso já não revela o quão radicais são os processos aos quais os animais são submetidos na indústria?

A pecuária certamente é terrível para os animais, mas também não é boa para o ser humano. Uma dieta baseada em produtos feitos com animais não é capaz de alimentar a população mundial. Muitas pessoas morrem de fome enquanto a maior parte da safra de cereais e grãos é direcionada para a alimentação de animais da pecuária intensiva na forma de ração. Além disso, uma vez que nós, como uma população, decidimos comer carne, temos de investir pesadamente em iniciativas reguladoras e de saúde para garantir que não sejamos envenenados por ela. Mesmo assim, nos Estados Unidos, 48 milhões de estadunidenses se infectam por doenças transmitidas por alimentos todos os anos, sendo que 3 mil morrem. As duas principais causas dessas mortes são o consumo de aves e laticínios. Além disso, o consumo de carnes, leites, ovos e derivados aumenta o risco de câncer, doenças cardíacas, diabetes e redução da expectativa de vida.

Objetivamente falando, isso não soa muito mais radical?

Por outro lado, uma alimentação baseada em vegetais é mais gentil com o planeta, as pessoas e os animais. Uma alimentação vegana reduz nosso impacto ambiental, protege melhor as florestas, rios e outras espécies do planeta e garante comida suficiente para alimentar a população humana global. E quando a consumimos, não estamos apenas poupando os animais de criação intensiva de um sofrimento incalculável, mas também estamos sendo generosos com nossos próprios corpos. Quem segue dietas a base de plantas têm um risco menor de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer. Longe de ser radical, comer alimentos vegetais é mais lógico, racional e compassivo.

E a comida em si está longe de ser radical, a menos que você considere arroz, feijão, macarrão, batata, pasta de amendoim e pão como alimentos radicais. De fato, muitos dos alimentos que você já compra são veganos, e o restante pode ser facilmente substituído com outras opções 100% vegetais.

O veganismo não é nada radical. Em termos do que você costuma comer todos os dias, você pode nem perceber a diferença.

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