Pelos animais

Todos os anos, estima-se que aproximadamente 70 bilhões de animais terrestres e trilhões de peixes são mortos para virar comida. Paralelamente, a pecuária ainda leva inúmeras espécies selvagens à ameaça de extinção. Cada um desses animais é um indivíduo e eles importam.

A maioria dos animais criados para produção de carne, leite e ovos são criados em fazendas industriais. Vivem as suas vidas amontoados dentro de gaiolas, currais ou baias de confinamento com espaço restrito, sem nada para distrair suas mentes e sem cuidado individual. Milhões morrem sem sequer atingir a idade de abate, longe da nossa vista e dos nossos corações. Quando confrontados com a realidade da vida desses seres – a imundice e a miséria, a doença e o desespero – muitos de nós consideramos esse sistema injustificável.

Contador de animais mortos no Brasil

animais foram mortos para virar comida no Brasil desde o início do ano.

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Seis segredos da produção pecuária

1. As mães são separadas de seus filhotes.

As fêmeas são tratadas como nada além de máquinas de reprodução e muito poucas têm permissão para nutrir seus filhotes. Os ovos são retirados das galinhas e chocados industrialmente, os leitões são separados de suas mães com apenas algumas semanas de vida e os bezerros são roubados das vacas leiteiras para que não bebam o leite materno que será vendido. Muitas mães e seus filhos chamam uns pelos outros desesperadamente por dias, mas seus gritos não são ouvidos.

2. As vacas não produzem leite constantemente, elas precisam primeiro ser fecundadas.

Isso é igual para todas as espécies mamíferas. Para manter o leite fluindo, as vacas são inseminadas à força repetidamente, quase sempre artificialmente. Um procedimento que tem um enorme custo físico para elas. Seus corpos se desgastam e muitas são consideradas “gastas” antes de completarem seis anos. Em outras circunstâncias, elas poderiam viver até 20 anos ou mais.

3. Na pecuária, alguns animais são “subprodutos” indesejados e são mortos ainda bebês.

Os pintinhos machos nascidos na indústria de ovos são considerados sem valor, pois não poderão botar ovos quando crescerem. Por isso, eles são mortos – gaseados, esmagados ou triturados – em seu primeiro dia de vida. Da mesma forma, bezerros machos nascidos na indústria de laticínios não podem dar leite. Alguns são criados por algumas semanas para virarem carne de vitela, mas muitos são simplesmente mortos ao nascer se seus corpos não puderem ser monetizados.

4. Mutilações são um processo padrão.

Galinhas e perus têm as pontas de seus bicos cortadas, as vacas são castradas e têm seus chifres cortados, já os porcos têm seus dentes cortados e caudas cortadas – tudo sem anestesia ou analgésico. A imposição de dor e sofrimento é muito comum nas fazendas da pecuária.

5. Peixes também são criados em sistema industrial.

Em cercados imundos e gaiolas marinhas, os peixes sofrem rotineiramente doenças debilitantes e mortais. Enjaular animais que naturalmente nadariam em rios e oceanos abertos também causa danos psicológicos que podem ser vistos em comportamentos não naturais.

6. Ninguém sai vivo.

Os animais não são aposentados quando ficam velhos demais para procriar. Todos os animais – incluindo galinhas poedeiras e vacas leiteiras – são enviados para o matadouro quando não são mais considerados produtivos. A pecuária é uma indústria implacável na qual a vida dos animais só tem valor se seus corpos forem lucrativos.

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