Capítulo 8: combate a doenças crônicas

Doença cardíaca

Nada mata mais brasileiros do que doenças cardíacas e derrames. Essas doenças são as duas primeiras causa de morte no países e, naturalmente, são também a causa de muito sofrimento. Elas tiram nossos entes queridos de nós, além de trazer um impacto econômico para o país e a sociedade como um todo.

fortes evidências de que uma alimentação à base de plantas rica em frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais pode ser benéfica para controlar, interromper e, em alguns casos, até reverter essas doenças que são capazes de matar.

Embora um número crescente de profissionais de saúde e sistemas de saúde agora reconheçam a eficácia de uma alimentação à base de produtos integrais feitos de plantas no tratamento de doenças cardíacas, os médicos apoiadores da GenV, Drs. Dean Ornish e Caldwell Esselstyn, foram uns dos pioneiros nas pesquisas que demonstraram como mudanças abrangentes no estilo de vida podem começar a reverter até mesmo as doenças cardíacas coronárias mais graves sem o auxílio de medicamentos ou cirurgia. Hoje, muitos outros especialistas médicos e científicos se juntaram a eles.

Recursos para tratar e reduzir o risco de doença cardíaca, doença vascular, derrame e condições relacionadas, como pressão alta e colesterol alto, podem ser encontrados aqui:

Câncer

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o número de novos casos de câncer por ano chegue a 625 mil.

Independentemente de sua causa, o câncer só se torna uma doença quando as células malignas fogem do controle do nosso sistema imunológico. Estudos apontam que um sistema imunológico forte pode ajudar a nos proteger contra o câncer e a eliminar os tumores que se formaram. Como aprendemos no capítulo 5, uma dieta à base de produtos integrais feitos de plantas pode reforçar nosso sistema imunológico.

Em 2008, o Dr. Dean Ornish, apoiador da GenV, publicou uma pesquisa histórica mostrando que mudanças abrangentes na alimentação e no estilo de vida podem retardar, parar ou, em alguns casos, até reverter a progressão do câncer de próstata em estágio inicial. Isso está ligado ao fato de que nossa alimentação e estilo de vida podem afetar a expressão gênica, “desligando” genes que promovem câncer e doenças cardíacas.

Em seu trabalho pioneiro The China Study, o bioquímico T. Colin Campbell mostrou que o desenvolvimento do câncer é principalmente uma doença responsiva à nutrição e não genética. Além disso, a nutrição altamente antioxidante à base de produtos integrais feitos de plantas tem um efeito biológico positivo nos sistemas de defesa do nosso corpo, permitindo controlar e, ocasionalmente, até mesmo reverter o desenvolvimento do câncer.

Estudos controlados também mostraram que o consumo de proteína animal e de gordura na alimentação tem o efeito oposto sobre o câncer, ativando o desenvolvimento do tumor. A Organização Mundial da Saúde (OMS) respondeu a essa evidência classificando as carnes processadas (incluindo frios, presunto, chouriço, salsicha, salame, bacon, linguiça, carne seca etc) como cancerígenas do Grupo 1, colocando-as na mesma categoria de causadores de câncer que o cigarro. Carnes não processadas, como carne bovina, ovina e suína, também foram classificadas como cancerígenas e como “prováveis” causadoras de câncer.

Além disso, produtos lácteos (leite, iogurte, creme, queijo) estão ligados ao câncer de próstata e também estão associados a um risco maior de câncer de pulmão, mama e ovário em pessoas com intolerância à lactose – que são a maioria das pessoas no planeta! O estudo  The Life After Cancer Epidemiology descobriu que, entre as mulheres previamente diagnosticadas com câncer de mama, aquelas que consumiam uma ou mais porções de queijo, sorvete ou leite integral diariamente tinham uma mortalidade por câncer de mama 49% maior em comparação com aquelas que não consumiam.

Quer saber mais sobre como aumentar sua proteção ao câncer por meio dos alimentos? Veja como:

Diabetes

No Brasil, somos o quinto país com maior número de diabéticos, chegando a mais de 16 milhões de brasileiros adultos doentes (20 a 79 anos).

Estudos mostram que seguir a alimentação ocidental padrão pode fazer com que partículas de gordura se acumulem dentro de nossas células. Essas partículas gordurosas interferem na capacidade da insulina de mover o açúcar da corrente sanguínea para as células. Então, em vez de alimentar nossas células, a glicose permanece na corrente sanguínea, eventualmente levando ao diabetes.

Uma alimentação à base de produtos integrais feitos de plantas, que é naturalmente pobre em gordura, é uma ferramenta poderosa para prevenir, controlar e, em alguns casos, até reverter o diabetes tipo 2, porque permite que a insulina funcione adequadamente. Ela demonstrou também ser eficaz na redução e controle dos sintomas do diabetes tipo 1.

Em um estudo de 2003 financiado pelo National Institutes of Health (NIH), o Comitê de Médicos pela Medicina Responsável (Physicians Committee for Responsible Medicine) testou milhares de pacientes com diabetes tipo 2 e determinou que uma dieta baseada em plantas controlava o açúcar no sangue de forma três vezes mais efetiva do que uma dieta tradicional para diabetes que limitava calorias e carboidratos. Dentro de algumas semanas seguindo uma dieta baseada em plantas, os participantes perceberam melhorias dramáticas na saúde. 

O bioquímico nutricional, Dr. Cyrus Khambatta, foi diagnosticado com diabetes tipo 1 em 2002. Desde então, ele vem educando pessoas com diabetes tipo 1, diabetes tipo 1.5, pré-diabetes e diabetes tipo 2 sobre como reduzir a resistência reversa à insulina por meio de uma alimentação à base de produtos integrais feitos de plantas e exercício. Ele teve excelentes resultados com seus pacientes.

Para obter mais informações sobre como controlar e tratar sua condição diabética ou pré-diabética, confira essas ótimas fontes:

Doença de Alzheimer

No Brasil, estima-se que a doençade Alzheimer  acometa pelo menos 1,2 milhão de brasileiros.

Embora não haja cura conhecida para a doença de Alzheimer ou demência, existem maneiras de prevenir o declínio cognitivo, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida daqueles que já têm um diagnóstico. E o que a maioria dos 50 milhões de pessoas que vivem com Alzheimer em todo o mundo não sabe é que, ao fazer certas escolhas de estilo de vida, eles poderiam ter reduzido o risco de desenvolver essa doença devastadora em até 90%.

Essa estatística impressionante é frequentemente discutida pelos neurologistas pioneiros Drs. Dean e Ayesha Sherzai, co-diretores do ‘Brain Health and Alzheimer’s Prevention Program’, que descobriram por meio de seu trabalho premiado que um dos maiores fatores em nossa saúde neurológica a longo prazo é o que escolhemos colocar em nossos pratos. 

Pesquisas sugerem que a doença de Alzheimer é essencialmente um problema de “descarte de lixo”: é a incapacidade do cérebro de lidar com o lixo que o alimentamos ao longo da vida. Isso faz muito sentido, já que a má nutrição pode danificar nosso cérebro de várias maneiras: causando inflamação (uma característica de doença crônica), entupimento dos vasos sanguíneos (a causa de doenças cardiovasculares e derrames) e privando nosso cérebro dos nutrientes que ele precisa para funcionar da forma ideal. Embora nosso cérebro possa parecer apenas uma pequena parte de nós, na verdade ele usa até 25% da energia do corpo. Como comida é energia, nosso cérebro é especialmente vulnerável a cada escolha nutricional que fazemos.

O Dr. Dean Ornish está atualmente dirigindo o primeiro estudo controlado randomizado para determinar se mudanças abrangentes no estilo de vida podem reverter a progressão da doença de Alzheimer precoce. A expectativa é que os resultados sejam positivos. Enquanto isso, estudos existentes mostram que adotar uma alimentação predominantemente à base de plantas pode reduzir o risco de Alzheimer em até 53%, enquanto o exercício físico pode reduzir o risco da doença em 40% e o risco de derrame em 25%.

Para saber mais:

Quer aderir ao veganismo?

Escolha o veganismo

Já adotou o veganismo?

Faça a diferença