Quão importante é para nós como sociedade — e como indivíduos — mudar nossos hábitos alimentares?
No Brasil, as doenças crônicas lideram as causas de morte no país e estima-se que deram um custo para o país de 148,7 bilhões de dólares em 2020. Além disso, entre as dez principais causas de morte, as sete doenças crônicas listadas podem ser tratadas com estilo de vida e alimentação.
De fato, estudos recentes mostraram que dietas ruins são responsáveis por mais mortes em todo o mundo do que quaisquer outros fatores de risco, incluindo o tabagismo, que anteriormente era conhecido por ser uma das maiores ameaças à saúde pública.
Como sabemos, o consumo excessivo de produtos de origem animal e de alimentos processados na alimentação ocidental contribui significativamente para problemas de saúde e aumenta o risco de uma pessoa desenvolver doenças crônicas. Projeções dos cientistas da Eat-Lancet Commission mostram que continuar a seguir nossa dieta ocidental padrão, juntamente com o rápido crescimento populacional e econômico global, gerará encargos significativos para a saúde, além de forçar os sistemas alimentares muito além dos limites ambientais. Infelizmente, já estamos vendo impactos devastadores para ambos.
A mesma comissão descobriu que a adoção generalizada de uma alimentação 100% vegetal poderia evitar cerca de 11 milhões de mortes a cada ano e nos permitiria alimentar mais 10 bilhões de pessoas em todo o mundo de forma saudável e sem prejudicar o planeta.
Nossa saúde está intimamente ligada à saúde do planeta. O que é bom para um também é bom para o outro.
“Neste momento, qualquer cientista, médico, jornalista ou formulador de políticas que negue ou minimize a importância de uma alimentação à base de produtos integrais feitos de plantas para o bem-estar individual e social simplesmente não está olhando claramente para os fatos. Há boas evidências demais para serem ignoradas”.
T. Colin Campbell
