Entrevista: Crescendo vegana com Brunna Sachs

Aos 13 anos de idade, Brunna Sachs tem 8 anos de veganismo e uma presença forte no movimento vegano. Ativista da causa animal e ambiental, nossa verdadeira menina superpoderosa faz parte dos grupos Youth Climate Save Movement e Animal Hero Kids, além de ser embaixadora mirim da Sociedade Vegetariana Brasileira e apoiadora oficial da GenV no Brasil.

Nós batemos um papo com ela sobre veganismo, ativismo, escola e muito mais. Confira!

  1. GenV: Em um vídeo do Canal Vegflix no YouTube, você diz ter orgulho de pertencer à Geração V — essa geração comprometida com a causa animal e ambiental que coloca o bem-estar social no centro das suas vidas e sonhos. Você poderia contar um pouco para a gente o que significa pertencer a essa geração e como outras pessoas de qualquer idade podem fazer parte dessa mudança também?

Brunna: Para mim, pertencer à Geração V significa fazer parte de um grupo de pessoas que querem mudar o mundo. Pelo fato de termos nascido nesta era digital, temos acesso a muitas informações, sobre os animais, o meio ambiente e sobre tudo que acontece em torno do planeta. Estamos conectados pelas mídias sociais e podemos trocar ideias com diversas pessoas que compartilham das mesmas ideias e que querem fazer um mundo melhor. Todos podem se engajar através de grupos online, ONGs e fazendo suas próprias pesquisas e participando da maneira que for melhor.

  1. Muita gente já sabe como foi sua transição para o veganismo, mas para quem ainda não conhece a história da Brunna Sachs, você pode contar brevemente como se tornou vegana?

Brunna: Claro. Um pouco antes dos meus 2 anos de idade, perguntei aos meus pais o que era a comida que estava no meu prato e quando eles disseram que era carne, eu perguntei o que era “carne”. Quando me disseram que era VACA, disse que nunca mais comeria carne. Com o frango, foi na escola, durante uma aula sobre pirâmide alimentar que descobri que frango era GALINHA, então cheguei revoltada em casa, contando aquilo para a minha mãe e disse que nunca mais comeria frango. Com quatro anos, somente comia peixe e durante um almoço, percebi que não queria mais que nenhum animal tivesse que morrer ou sofrer para eu ter que viver. No mesmo dia esvaziamos a despensa e geladeira de produtos que tinham qualquer derivado animal. E foi assim que virei vegana. 

  1. GenV: Você veganizou a sua mãe! Conta para gente um pouco como foi esse processo e se houve outras pessoas próximas de você que também se interessaram pelo veganismo por sua influência.

Brunna: Então, no dia que resolvi virar vegana, minha mãe estava comigo e quando ela ouviu a minha decisão, ela resolveu me apoiar e decidiu virar vegana junto comigo. Tiveram pessoas que se interessaram a saber mais, algumas que acharam que minha mãe era louca por deixar eu ser vegana, mas somente consegui que virassem vegetarianas. 

  1. GenV: Infelizmente, nem todo mundo oferece tanto apoio quanto sua mãe te deu, né? Como você lida com as pessoas próximas que são mais resistentes?

Brunna: Realmente já ouvi de muitas crianças e jovens que querem virar veganos mas seus pais não deixam. Acho que para lidar com as pessoas mais resistentes, devemos ter muita paciência. Mostrar nosso lado da história, nosso ponto de vista. Convidar essas pessoas a assistir documentários, ir a feiras veganas, assistir palestras, fazer comida vegana e assim vamos plantando uma sementinha no coração de cada um. 

  1. GenV: E na escola, o veganismo e o seu ativismo são temas que influenciam de alguma forma seu dia-a-dia em sala de aula, com professores ou colegas? De qual maneira influenciam?

Brunna: Vida normal para mim. Minhas amigas sempre se interessam pelos meus lanches veganos. Meus colegas de sala e professores lidam comigo também numa boa e tem um respeito de todos comigo. Em festas ou quando saímos sempre existe a preocupação de ter o que eu possa comer e sou bem aceita e recebida por todos.

  1. GenV: Como ativista vegana e pelo meio ambiente, você acredita que há uma incoerência entre o que aprendemos sobre a natureza e uma alimentação saudável dentro da sala de aula e aquilo que é oferecido às crianças nas cantinas e refeitórios?

Brunna: Sim! Muita incoerência. Aprendemos sobre a pirâmide alimentar, tendo proteína animal como base da pirâmide. Aprendemos que fontes de proteínas vem somente dos animais e que é para isso que eles servem. Aprendemos sobre todos os benefícios que a pecuária traz. Sei que isto é defasado, na questão da saúde e do meio ambiente. Nas cantinas, raramente temos opções sem derivado animal e quase sem nenhum valor nutricional, com excesso de uso de descartáveis. 

  1. GenV: Qual dica você daria para crianças que querem ser veganas e, principalmente, qual dica daria para os pais e mães dessas crianças?

Brunna: Para as crianças eu diria para conversar abertamente com seus pais e diga para eles porque ser vegano é tão importante para você. Para os pais eu diria para ouvir seus filhos e tentar entender sua decisão. Pesquisem e estudem juntos sobre o tema. Façam receitas juntos. Experimentem novos alimentos. Testem novos produtos. 

  1. GenV: Como você enxerga esse mundo vegano que toda a Geração V, da qual você faz parte, está construindo em conjunto por todo o planeta?

Brunna: Eu enxergo este mundo que nós estamos construindo como algo muito lindo. De verdade, algo incrível. Nós da Geração V somos pessoas de todas as idades, regiões, nacionalidades, juntas com um mesmo propósito de fazer um mundo melhor. Nosso planeta merece ser resgatado e devolvido a sua melhor versão e acredito que isso possa ser possível com a ajuda de todos. Somente pensando com nossos corações, nos colocando no lugar dos animais conseguiremos realmente mudar algo. Somente com amor e compaixão faremos a diferença.


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